.:História do Bope:.

O Bope
O BOPE foi criado em 19 de janeiro de 1978, pelo Boletim da Polícia Militar n° 014 da mesma data [1] como Núcleo da Companhia de Operações Especiais (NuCOE), através de um projeto elaborado e apresentado, pelo então Capitão Paulo César Amêndola de Souza ao Comandante-Geral da PMERJ, Coronel Mário José Sotero de Menezes. Funcionando nas instalações do CFAP-31 de voluntários e subordinado operacionalmente ao Chefe do Estado-Maior da PMERJ. Pelo Bol da PM n° 33, de 07 de abril de 1982, por resolução do Comandante Geral da PM, o núcleo da companhia de operações especiais passou a funcionar nas instalações do Batalhão de Polícia de Choque, fazendo parte da orgânica daquela unidade e recebendo a designação de Companhia de Operações Especiais – COE. Em 27 de junho de 1984, através da publicação em Bol da PM n° 120, a COE passou a ser denominada Núcleo de Companhia Independente de Operações Especiais – NuCIOE, funcionando nas instalações físicas do Regimento Marechal Caetano de Farias, ficando subordinado apenas administrativamente ao BPChq, retornando sua subordinação operacional ao chefe do EMG. Posteriormente, pelo Decreto-Lei n° 11.094 de 23 de Março de 88, foi criada a Companhia Independente de Operações Especiais – CIOE, com suas missões próprias em todo o Estado do Rio de Janeiro, que seriam determinadas pelo Comandante Geral. Finalmente pelo Decreto n°16.374 de 01 de Mar 91 deu-se a criação do Batalhão de Operações Policiais Especiais – BOPE, ficando extinto a CIOE. Em 2000 ganhou instalações próprias, localizadas no Morro do Pereirão, no bairro de Laranjeiras, na zona sul da capital fluminense. Atualmente o emprego do BOPE em situações criticas ou missões especiais está regulado pela nota de instrução n°004/02 – EMG, estando a unidade subordinada administrativamente e operacionalmente ao Comando de Operações Especiais da PMERJ
Progressão em Favelas
Esta técnica foi desenvolvida no Brasil pelo BOPE, Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar, pela necessidade de agir no caos das ruas estreitas de favelas e morros da cidade do Rio de Janeiro. As favelas se tornaram uma área hostil à polícia devido ao crime organizado, e era um grande obstáculo para as ações policiais, pois normalmente os criminosos possuem uma visão privilegiada posicionando-se estrategicamente nos morros. O BOPE conquistou o respeito de unidades militares estrangeiras por agir nesses ambientes urbanos de alta dificuldade.
O Caveirão
O BOPE possui veículos blindados, popularmente conhecidos como "Caveirões", utilizados, principalmente, em operações onde há conflitos com narco-traficantes. Os blindados têm capacidade para uma guarnição de 12 homens, e não possuem armamento próprio, sendo o seu poder de fogo constituído pelas armas da própria guarnição. O chassi utilizado nos veículos é o mesmo encontrado no caminhão Ford Cargo 815, considerado inadequado por especialistas, uma vez que o peso do veículo, com a guarnição completa, supera as 8 toneladas de peso bruto para a qual o chassi foi projetado.
A principal finalidade dos veículos blindados é proteger a vida dos elementos da guarnição e romper as barreiras físicas utilizadas pelo narco-tráfico. Os blindados são essenciais ainda no apoio ao resgate de unidades policiais encurraladas e na remoção de feridos dos cenários de confronto.
                                                                    Ingresso
Para ingressar no BOPE, o candidato deve ser policial militar da PMERJ há pelo menos dois anos, possuir excelente condicionamento físico, assim como ser aprovado nas avaliações física, médica e psicológica. São oferecidas duas modalidades de curso, para as duas atribuições da unidade:
  • Curso de Operações Especiais (COEsp), com duração de três a seis meses, visando preparar o policial para intervenções em áreas de conflito e ao resgate de reféns.
  • Curso de Ações Táticas (CAT), com duração de cinco semanas, que é uma síntese do curso de operações especiais